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Shopping João Alfredo vira alvo de questionamento na Assembleia

Fonte: Jornal O Liberal

LAUDO

Estrutura do camelódromo apresenta riscos, diz deputado

A polêmica em torno do novo shopping popular, na rua João Alfredo, para onde a Prefeitura de Belém planeja remanejar 140 ambulantes foi parar na Assembleia Legislativa do Pará. Ontem, o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) apontou falhas no laudo apresentado pelo Corpo de Bombeiros e anunciou que vai acionar a Comissão de Direitos Humanos da Casa para intervir na questão.

De acordo com o parlamentar, o laudo da vistoria encaminhado pela corporação em resposta a reiterados ofícios feitos pela Alepa, apesar de concluírem pelo enquadramento do Habite-se do shopping popular às normas vigentes, aponta falhas importantes num “prédio anexo” com acesso pela travessa Campos Sales, que seria o mesmo imóvel que abrigará o empreendimento.

“Recebi do comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel João Hilberto Sousa de Figueiredo, o parecer de vistoria técnica de nº 09/2013, assinado pelo chefe da seção de vistoria, capitão Marcelo Nogueira, e do vistoriador Anderson Braga. O documento aponta que o imóvel está abandonado, sem manutenção nas redes hidráulica e elétrica, possibilita o acesso de estranhos, há risco de queda em três pontos do imóvel, incluindo o fosso do elevador, e falta acabamento. Os Bombeiros recomendam lacrar imediatamente o imóvel”, disse ao ler o documento na tribuna da Alepa.

Em relação ao desmoronamento de parte do forro de gesso do shopping, o laudo informa que não foi possível verificar se ele foi causado por infiltrações nos pavimentos superiores, mas alega que “ainda que fossem estas as causas, não há relação com o sistema preventivo de combate a incêndio e controle de pânico”. “Esta é uma explicação inaceitável”, afirmou o deputado.

Edmilson visitou o local no mês passado com o deputado Augusto Pantoja (PPS) e constatou que apenas dois dos sete andares do prédio, foram reformados, enquanto os demais permanecem abandonados. “O imóvel é tomado de infiltrações e fezes de pombos, ratos e urubus. Não possui saída de emergência e o prédio corre o risco de sobrecarga elétrica. Há risco de incêndio, mas o local também representa uma agressão à saúde pública”, afirmou o deputado, ressaltando que os fatos serão levados à Comissão de Direitos Humanos da Alepa para que sejam tomadas providências. “São trabalhadores, pais de família, que serão expostos ao perigo”, protestou.