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Cadastro territorial multifinalitário: o maior desafio tecnológico de Belém

Foi feito a partir de 1998, pela então gestão do prefeito Edmilson Rodrigues, o primeiro cadastro territorial multifinalitário de Belém. Através dele foi possível aumentar a arrecadação do município, implementando o IPTU progressivo, isentando os moradores mais pobres, e cobrando devidamente dos mais ricos. Na época, foi contratado um avião, preparado e equipado, que fotografou a cidade, o chamado levantamento aerofotogramétrico, e a partir dessas fotos foi construído um grande mosaico, para assim, ser elaborada a planta atualizada da cidade.

Agora, o prefeito Edmilson Rodrigues pretende atualizar o cadastro. “A cartografia já não traduz a cidade devido às muitas transformações ocorridas ao longo de duas décadas, então está na hora de atualizar. Novos imóveis surgiram, novos empreendimentos, condomínios e indústrias. Da mesma forma que muitos imóveis foram demolidos, muitas áreas agrícolas foram ocupadas, ganharam função de moradia ou de atividade produtiva. Essas mudanças todas só podem ser apreendidas com essa atualização cadastral”, explica o prefeito de Belém.

Hoje, com as novas tecnologias, esse processo pode ser feito com drones e sensores que possibilitarão um monitoramento dinâmico da cidade, dos indicadores e dos processos, e numa escala que possibilitará a construção de mosaicos 3D de prédios específicos ou o monitoramento do assoreamento dos canais, por exemplo.

O cadastro cumpre um papel fundamental, unificando a base de dados de informações sobre Belém, e assim, ajudando a integrar os diversos órgãos da administração pública (finanças, urbanismo, saneamento, saúde, educação, transportes, habitação meio ambiente, etc). A proposta é que partir dele e de uma nova base territorial, nos próximos anos, possam ser implementados serviços públicos pelo celular, controle digital das ações no município, integração de processos, e construir Belém como uma Smart City (Cidade Inteligente), sob o conceito de cidade humana, criativa, inteligente e ecológica.

A proposta de atualização foi apresentada ao gestor municipal por Adolfo Oliveira Neto, professor da Faculdade de Geografia e Cartografia da UFPA e do programa de pós-graduação em Geografia da instituição, e também por Welson Cardoso, professor adjunto no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, nesta segunda-feira, 5.

“Quando se fala de cidade inteligente, estamos falando em ter uma visão mais acertada sobre as políticas públicas, onde você consegue identificar os territórios que precisam de mais intervenção pública, a partir de múltiplos indicadores sociais que a gente consegue integrar”, explica Adolfo Neto.