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Corpos amontoados no chão: a triste imagem do colapso em Belém

Uma notícia que gostaríamos de não dar: depois do colapso no sistema de saúde, especialmente da região metropolitana, o Pará registra agora colapso também no sistema funerário. Com aumento de 222% nas mortes em uma semana, em Belém, capital do Pará, corpos de vítimas do coronavírus estão sendo amontoados no chão em uma das câmaras frigoríficas instaladas em área cedida pelo Instituto Médico Legal (IML) ao Serviço de Verificação de Óbito da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa). As imagens são tristes e chocantes.

Na porta do IML, uma tenda foi armada na parte de fora do prédio para atender os familiares que aguardavam a liberação dos corpos, enquanto carros funerários fazem fila para tentar buscar os cadáveres. “Tá cheio aí, meu amigo. Tá um caos. Caos”, diz um funcionário do local, paramentado com roupa para evitar a contaminação.

Colapso: com a câmara frigorífica lotada, corpos são deixados no chão, à céu aberto, na área do IML de Belém — Foto: Álvaro Ribeiro/Tv Liberal

Em uma semana, o número de vítimas saltou de 95, no dia 25 de abril, para 306 neste sábado (2). O crescimento é muito superior à média nacional de 68% registrada no mesmo período, conforme dados do Ministério da Saúde. Já são 3460 infectados pela Covid-19 no Estado, isso sem considerar a grande subnotificações de mortes e casos.

Em Belém, todos os 125 leitos de UTI, os 1.118 de enfermaria e 90 leitos de observação estão ocupados – 95% são pacientes com suspeita ou confirmação de contaminação pelo novo coronavírus. Em todo o estado, a ocupação de leitos exclusivos para UTI está em 91%, segundo o governo do estado. Com incapacidade de atender a todos,

Na sexta-feira (1), novos 60 respiradores chegaram ao Hospital de Campanha montado pelo governo do Estado, somando agora 95 equipamentos disponíveis para o atendimento de pacientes com covid-19.

Com informações da TV Liberal