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Deputados vão ouvir os tembés do alto rio Guamá

Uma comissão de deputados estaduais parte amanhã (23) para a reserva Tembé na região do alto rio Guamá, no nordeste paraense, a fim de apurar a situação do local, invadido por madeireiros e posseiros, que já devastaram quase 80% da mata nativa, roubam a madeira para vender e ainda ameaçam os líderes indígenas que enfrentam o problema praticamente sozinhos.

A amizade de Edmilson com o povo Tembé vem de longas datas.
A amizade de Edmilson com o povo Tembé vem de longas datas.

No final de 2011, a Polícia Federal e agentes do Ibama tentaram evitar o contrabando de toras de madeira nobre, mas pistoleiros contratados pelos madeireiros resistiram com armas e permanecem na área.

A reserva Tembé se localiza entre os municípios de Paragominas, Nova Esperança do Piriá e Santa Luzia do Pará, com extensão de 290 mil hectares, fica a 700 quilômetros da capital paraense e abriga mais de 1,5 mil índios Tembé Tenehara. Os indígenas Tembé praticam a agricultura de subsistência, segundo o cacique Valdeci Tembé, onde plantam banana, arroz, milho, mandioca e produzem farinha.

A visita dos parlamentares estaduais foi aprovada em dezembro de 2011, por solicitação do líder do PSol, Edmilson Rodrigues, após a tentativa da PF de expulsar os invasores. Na ocasião, os madeireiros foram acusados de tentar matar o cacique Tembé, que passou dois dias escondido na mata, temendo por sua vida.

Os deputados percorrerão as comunidades de Cajueiro e Tecorrau onde os indígenas defendem a retirada dos invasores e assentamento em outras áreas fora da reserva. Além dos parlamentares, acompanharão à caravana agentes da Funai e do Ibama. Um relatório será elaborado sobre a situação e enviado aos órgãos competentes com pedidos de providência.

(Aline Brelaz/Diário do Pará)