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Edmilson participa de debate sobre o potencial da indústria farmacêutica amazônica

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Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia discutiu, nesta quinta-feira (6), o potencial da indústria farmacêutica amazônica. O debate foi uma iniciativa do deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) junto a Joenia Wapichana (Rede-RR) e José Ricardo (PT-AM). A biodiversidade da região Amazônica representa uma grande oportunidade para o desenvolvimento de medicamentos, nas mais diversas áreas. Nos últimos anos, estudos científicos abordaram os benefícios existentes no patrimônio natural da Amazônia, ressaltando inclusive a maneira que os povos tradicionais e indígenas utilizam esse material para enfrentar as mais variadas mazelas.

Na abertura da Audiência, o deputado Edmilson Rodrigues lembrou da experiência da “Farmácia Nativa”, implementada durante sua gestão a frente da Prefeitura de Belém (1997-2004). O programa, que envolvia a Universidade Federal do Pará (UFPA), organizações não-governamentais, juntamente com a colaboração da Fundação Escola Bosque (FUNBOSQUE), do Centro Universitário do Pará (CESUPA) e do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Florença e a Região da Toscana, tinha como objetivo o desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos assim como a valorização da sabedoria popular.

Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

Além disso, fortaleceu a preservação da biodiversidade local e o aprimoramento de novas técnicas para o desenvolvimento de fitoterápicos. Anos mais tarde consolidaria a Farmácia nativa como referência na realização de cursos, treinamentos e tecnologias sociais a partir do uso de plantas medicinais, gerando emprego e renda para a população de Belém e Distritos, o que lhe rendeu inclusive premiações. O programa era vinculado a atenção básica à Saúde, através de outro programa, o Saúde de Família.

“A partir deste debate, a ideia é constituir uma política nacional que seja capaz de fortalecer as pesquisas e o desenvolvimento de medicamentos a partir da riqueza natural de nosso país. É preciso que haja fomento à pesquisa e crédito para isso. Temos um acervo técnico-científico bastante grande e também uma riqueza em termos de acervo genético e patrimônio biológico”, destacou Edmilson durante o debate.

Além dos deputados, participaram da mesa de debates, a chefe de Laboratório de Produtos Naturais da Fundação Fiocruz, Maria Behrens; a presidente da Associação das Mulheres Indígenas da Comunidade Indígena de Feijoal do Estado do Amazonas, Lindalva Tikuna; e também participaram da audiência, o coordenador técnico-científico do CFF, José Luis Miranda Maldonado; os farmacêuticos da Diretoria Técnica, Jarbas Tomazoli e Cláudia Serafin; os farmacêuticos do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim/CFF), Rogério Hoefler, Pâmela Saavedra; e Carolina Maria Xaubet.

“Portanto, a ideia aqui é pensar o futuro. E quando a gente pensa, a gente projeta o futuro. Vivemos uma situação de grande força desumanizadora da Humanidade enquanto sociedade. No Brasil, há tanta desigualdade social e tanta destruição do equilíbrio ecológico, que nos entristece. Mas, há também uma grande capacidade de resistência social e de manutenção do nosso patrimônio genético e do meio ecológico, mesmo com toda a crise que é provocada pela lógica do grande capital e dos grandes projetos. Ainda há muito preservado e ainda há muito sonho a ser realizado. E muita possibilidade deste sonho vir a ser realidade”, afirmou Edmilson.