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Edmilson propõe comissão para visitar local de remanejamento dos ambulantes

O deputado estadual Edmilson (PSOL) está organizando uma visita da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará ao prédio do antigo Banco Real, no centro comercial de Belém, para onde deverão ser remanejados 142 do total de 275 vendedores ambulantes da Avenida João Alfredo. O remanejamento está previsto para maio, por ordem da prefeitura, mas há resistência dos trabalhadores devido às sérias rachaduras e infiltrações do prédio, que ameaçam a segurança pública. Os trabalhadores foram até o plenário da Alepa, nesta terça-feira, 5, acompanhar a manifestação de Edmilson sobre o assunto. Ele apresentou moção para que a Secretaria Municipal de Economia (Secon) negocie uma alternativa que não prejudique os trabalhadores.

Apenas dois dos sete andares do prédio foram reformados para abrigar os ambulantes, enquanto o restante permanece abandonado. Fotografias recentes, feitas pelos ambulantes, comprovam que o prédio também representa ameaça à saúde pública por servir de moradia para pombos, urubus, morcegos e ratos. As fotos mostram pombos mortos e grande quantidade de fezes desses animais no local. Além da sujeira, o custo de R$ 700 mil para a abertura do espaço, com ar refrigerado e serviços de segurança e limpeza, seria pago pelos próprios ambulantes, num valor mensal de quase R$ 700, que é considerado muito alto para a realidade desses trabalhadores. Ainda, os trabalhadores reclamam que estão sendo oferecidos cursos de empreendedorismo, cuja participação está condicionada ao remanejamento para o prédio abandonado.

“Duzentos e sessenta e seis ambulantes assinaram o abaixo-assinado contra o remanejamento para esse prédio, enquanto apenas seis assinaram outro abaixo-assinado a favor. Esse prédio está condenado, um risco para vendedores e clientes. Infelizmente, o projeto não resolve a situação da categoria. Os andares superiores do prédio têm proprietários, mas estão abandonados. Como ficará a situação quando eles aparecerem? Defendemos a desapropriação e a organização do espaço e o curso de empreendedorismo, mas sem violentar os trabalhadores”, defendeu Edmilson, em plenário. Cópia da moção será enviada ao Ministério Público do Estado e à Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA).