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Meia passagem foi conquistada com muita luta, lembra Edmilson

“A meia passagem é fruto de uma luta histórica, que ganhou uma grande dimensão entre as décadas de 80 e 90. Quando fui eleito deputado, essa bandeira estava posta, o movimento estudantil estava cada vez mais disposto a construir esse direito de forma mais concreta. Na época, havia uma ebulição dos movimentos sociais no Brasil e o movimento estudantil crescia nesse período. Essa luta contava com a solidariedade dos trabalhadores em educação e do movimento popular”, conta o deputado Edmilson Rodrigues sobre a conquista do direito à meia passagem.

“Eu tenho a honra de ter ajudado, na condição de deputado constituinte, a escrever o direito à meia passagem para estudantes no transporte público na legislação estadual.” A Constituição do Pará foi promulgada no dia 5 de outubro de 1989.

O deputado lembra que iniciou a sua trajetória política como dirigente do movimento dos trabalhadores em educação do Pará, quando exerceu a presidência da antiga Federação Paraense dos Profissionais da Educação Pública (FEPPEP), que logo viria a se transformar em Sintepp. A sua militância na área sindical ajudou a estreitar os laços e o diálogo com os demais movimentos que protagonizavam a luta por esse direito. No parlamento estadual, junto com o então deputado Waldir Ganzer, a proposta constitucional foi apresentada. Mesmo contando com a contrariedade de inúmeros parlamentares da casa, ela saiu vitoriosa.

Edmilson conta que a conquista do direito à meia passagem teve como ponto de partida o movimento vivo da sociedade, especialmente o estudantil, e assim, foi um passo para colocarmos na constituição estadual, de modo que Belém e várias cidades do Pará passaram a ter uma base legal para esse direito. Direito que veio favorecer os estudantes menos favorecidos, filhos dos trabalhadores, de desempregados, que estejam vinculados ao sistema de ensino.

“Foram muitas as manifestações ocorridas, muitos estudantes injustamente presos e feridos, por conta da repressão imposta pelo do Estado. Não fosse a mobilização estudantil nas ruas, não fosse a luta e o sofrimento de muitos que foram presos e agredidos por fazerem parte dessa luta, certamente nós não teríamos garantido essa importante conquista, que já completou três décadas no ano passado”, concluiu o deputado.

Com informações do documentário: “Pela conquista da meia passagem”, da historiadora Hildete Braz da Silva