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Nota de repúdio às agressões sofridas pelas enfermeiras durante ato em Brasília-DF

A confusão ocorreu pela manhã, em Brasília, no Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, quando profissionais de saúde faziam um protesto silencioso na Praça dos Três Poderes. O grupo segurava cruzes, em referência aos mortos por Covid-19 no país.

Durante o ato, um homem vestido nas cores verde e amarelo começou a filmar os profissionais. Na camisa, ele estampava os dizeres “meu partido é o Brasil”. Além das agressões verbais, o vídeo feito por representantes do Sindicato de Enfermeiros (Sindenfermeiro-DF) mostra que o manifestante chegou a agredir a mulher fisicamente.

Depois do ato, o Sindicato dos Enfermeiros divulgou uma nota de repúdio às agressões físicas e verbais sofrida pelos profissionais nesta sexta (veja integra da nota abaixo). O comunicado atribui as agressões a “apoiadores do Presidente da República”.

NOTA DE REPÚDIO AS AGRESSÕES SOFRIDAS PELAS ENFERMEIRAS DURANTE A MANIFESTAÇÃO EM PROL DA ENFERMAGEM NACIONAL, NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES

O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal vem por meio dessa nota repudiar agressões físicas e verbais que apoiadores do Presidente da República cometeram contra enfermeiras na manhã desta sexta-feira, dia 1º de maio, que participavam de um ato na Praça dos Três Poderes.

O ato tinha como objetivo chamar a atenção para a enfermagem nacional. O protesto tinha três objetivos centrais: defender o isolamento social com base científica, homenagear os trabalhadores da enfermagem de todo o Brasil que morreram lutando contra a Covid-19 e mostrar a importância da categoria.

O Ato foi uma iniciativa da categoria, apoiada pelo Sindenfermeiro, uma vez que os diretores da entidade são enfermeiros e também estão na linha de frente. A organização se seu a partir dos próprios trabalhadores da enfermagem que estão na linha de frente contra o novo coronavírus.

As atitudes tomadas pelos apoiadores do governo vão ao encontro de ideologias fascistas e antidemocráticas. Infelizmente, são embasadas pelas atitudes do Presidente da República que diversas vezes debocha das consequências da pandemia, desconsidera todas as recomendações e diretrizes sobre a importância do isolamento social ao combate do novo coronavírus.

Hoje, no Brasil, são mais de 2,3 milhões de profissionais de Enfermagem, que estão na luta contra a Covid-19. Por isso, em respeito à vida da maioria da população e pensando na segurança dos milhares trabalhadores da saúde que superam o medo para salvar vidas, o SindEnfermeiro repudia, veementemente, as atitudes fascistas e antidemocráticas do grupo pró-governo, e ressalta a importância de a população seguir as recomendações da comunidade científica mundial de isolamento social.

O sindicato se orgulha das enfermeiras que resistiram às provocações do grupo bolsonarista. A enfermagem é feita de luta. O SindEnfermeiro reitera seu compromisso pela defesa das enfermeiras e enfermeiros, do Sistema Único de Saúde público e universal e da democracia acima de tudo e de todos.

E por fim, relembra #LuteComoUmaEnfermeira !