O PSOL acionou a Procuradoria-Geral da República e a Comissão de Ética da Presidência para que Ricardo Salles seja afastado do cargo de ministro do Meio Ambiente por conta de suas declarações dadas na reunião ministerial de 22 de abril e que vieram a público com a divulgação do vídeo por determinação do STF, Ministro Celso de Mello.
Salles disse que o governo poderia se aproveitar desse momento “tranquilidade”, em que a imprensa só fala de covid-19, para publicar decretos e normativas internas. “Ir passando toda a boiada; ir mudando o regramento”.
O mês de abril registrou um aumento nos alertas de desmatamento da Amazônia. O número subiu 63,75% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a março de 2020, o aumento foi de 24,2%. No primeiro quadrimestre deste ano, o aumento foi de 55% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados são do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE.
Também no mês de abril, fiscais do Ibama foram exonerados após a operação de desintrusão em terras indígenas da região do Xingu, no Pará, que culminou com a destruição de maquinários de madeireiros e garimpeiros que invadiam essas áreas. O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) provocou o Ministério Público Federal de Santarém, por ofício remetido no dia 6 de maio, a requerer judicialmente a reintegração destes fiscais.
O PSOL pede que Salles seja tirado do cargo devido ao “risco que sua permanência representa para o sistema de proteção e fiscalização do meio ambiente” e que seja responsabilizado pelas suas ações.
Projeção em Botafogo, Rio De Janeiro, pelo @projetemos
