O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) não medirá esforços para ajudar a derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao projeto de lei aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados que tornava obrigatória a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas escolas da rede pública de educação do país. Bolsonaro justificou a medida com o argumento falacioso de que não foram apontadas fontes de recursos para bancar a despesa. No entanto, no mesmo dia do veto, o governo tentava aprovar na Câmara o projeto para liberar R$ 3 bilhões em emendas parlamentares aos deputados que votaram a favor da Reforma da Previdência.
Edmilson, que é membro da Comissão de Educação, destaca a importância dos profissionais da área que justificam os benefícios da prática da psicologia junto aos estudantes e lembram que o projeto de lei expressa uma reivindicação da sociedade brasileira e já vem tramitando há quase duas décadas no Congresso.
Em carta pública, o movimento dos Psicanalistas pela Democracia ressalta que a escola, além de constituir-se como um espaço promotor de vida e de socialização, é também um lugar privilegiado quanto às possibilidades de acolhimento e cuidado das manifestações do sofrimento psíquico, dos sintomas, da ideação suicida, dos impasses da sexualidade e dos laços sociais de crianças e adolescentes, os quais podem se expressar como entraves ou dificuldades na aprendizagem e no convívio social.
O movimento também afirmou a importância da presença de assistentes sociais na medida em que a escola é, muitas vezes, o local em que através da criança e do adolescente, se pode detectar situações familiares que necessitem das mais diversas formas de auxílio, seja no caso de pobreza extrema, vulnerabilidade social, fome e outros agravos próprios a um país com extrema fragilidade e desigualdade social.
