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Sem médico, sem leito, sem atendimento: o caos toma conta da saúde de Belém

“Sem médico, sem atendimento”, o aviso colocado em frente ao PSM do Guamá dá a dimensão da gravidade que tomou conta da saúde pública de Belém. Centenas de doentes com sintomas do covid-19 sem atendimento, voltando desesperados para suas casas sem saber a quem recorrer. A Secretaria de Estado de saúde Pública (Sespa) atualizou os números da covid-19 no Pará na tarde deste domingo (26): são 1.983 casos confirmados e 105 óbitos. Um caos sem precedentes.

A pandemia do covid-19 agravou, ainda mais, a situação de caos na saúde pública de Belém. Os hospitais têm enfrentado o aumento da demanda e grande número de afastamentos de profissionais da saúde contaminados pela covid-19, como consequência da ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Os dois pronto socorros da cidade, o da 14 de Março e o do Guamá, estão de portas fechadas, além de outras UPAs, por falta de médicos e leito. Em frente ao PSM do Guamá, há um aviso desesperador: “Sem médicos, sem atendimento”. A mesma situação poderia ser encontrada nas UPAs da Sacramenta e Terra Firme, neste domingo a tarde.

Medidas de isolamento social devem ser tomadas justamente para impedir o que hoje acontece em Belém: superlotação do sistema de saúde, falta de leitos e UTIs, incapacidade de atendimento de todos os que procuram os hospitais públicos e privados. Tudo isso precisa vir acompanhado de outras ações, investindo os R$61 milhões que Belém recebeu do governo federal na prevenção e no fortalecimento do sistema de saúde.